terça-feira, 7 de julho de 2015

Nestas férias cuide do seu interior...#Dia 20





O CICLO VITAL DA FAMÍLIA

"...Mas procurem sempre o bem uns dos outros e o bem de todos." - I Tessalonicenses 5:15

Antigamente era tudo mais simples... Toda a gente sabia o que era uma família, como era composta e entendia como as coisas se processavam. Famílias disfuncionais, segundo o nosso critério, sempre houveram, desde os princípios da civilização. E acredito que nessas sociedades mais recuadas, também teve de haver um ajuste para que as pessoas que faziam parte desse agregado se sentissem minimamente bem.



Não é nossa intenção trazer a nossa opinião pessoal sobre o que deve ser a família, como deve ser composta, quem tem a responsabilidade máxima na mesma etc. São questões muito importantes, são perguntas que andam no ar, mas o que me proponho abordar é o modo de poderemos tornar mais feliz e mais facilitada a vivência desse núcleo de pessoas que estão dentro da nossa casa e ao qual chamamos família.

O que estamos a fazer para que essa vida melhore? Não estou a pensar em melhores empregos, em casas mais funcionais e mais baratas, em escolas mais próximas para os filhos. Preocupa-me mais a falta de comunicação, a ausência de afecto, o esquecimento de valores fundamentais para a nossa felicidade e equilíbrio emocional.

É verdade que o nosso modo de vida mudou completamente nestes últimos 20 anos. De uma maneira geral, as mulheres saíram de casa para trabalhar e os filhos foram entregues aos cuidados de outras pessoas. O machismo dos homens não acompanhou a independência das mulheres, isto é, os homens continuam a achar que o seu papel é bem definido, ou seja, trabalham, lêem o jornal, vão ao café, saem com os amigos. As mulheres agora independentes, porque também têm salário, carreira e objectivos a atingir, continuam no entanto a ser ainda donas de casa, mães, professoras, administradoras do lar e no fim de tudo, amantes. Neste estado de coisas muitas vezes instala-se uma crise profunda.

Entretanto, as crianças também têm desejos, de ser ouvidas, amadas, acarinhadas e quando não encontram isso nos pais, voltam-se para os amigos, procuram nos filmes e nos jogos, rebelam-se e revoltam-se quando há uma ordem mais firme e mais fora do normal.

O tempo que as famílias deviam aproveitar para falar, conversar, discutir e rir, é usado agora nos programas de televisão, nos jogos, na Internet. Já não tem a ver com partilha à volta da mesa, com os mimos na hora de deitar para os mais pequenos, com conversa, só por conversar, com os mais velhos.

Em poucas palavras, gostaria de dizer aquilo que acho dever ser um lar feliz, não ideal, não perfeito, não imaculado, porque isso não existe, mas um lar onde é possível haver riso e choro, onde as pessoas são livres para serem genuínas e onde são aceites, não importa os seus defeitos ou capacidades:

·        Um modelo de amor
Amor entre pai e mãe, amor renovado, amor de perdão, amor de beijos, carinhos, abraços, afecto. Amor de recordações doces, amor de interrupções na rotina para ouvir a queixa de um filho adolescente e o choro de um pré-escolar.

·        Um modelo de cura
Porque é no lar que devem ser corrigidos os pequenos desvios das crianças. É no lar que devem ser disciplinadas para que a vida seja regida por hábitos saudáveis. É no lar que os filhos e os pais aprendem a perdoar-se e a começar de novo, deixando para trás o que já foi perdoado.

·        Um modelo de comunidade
Uma comunidade é um grupo de pessoas que tem os mesmos alvos, objectivos e metas. Trabalham todos para que ela se desenvolva, progrida, tenha sucesso.

É difícil? Claro que é.
É impossível? Não.
Está no nosso querer e na decisão do nosso coração voltarmos para o que é “puro, verdadeiro, amável, de boa fama”. Se não o fizermos, os outros à nossa volta nunca serão influenciados para o bem e teremos uma responsabilidade muito grande diante de Deus e do nosso mundo.

Invistamos o nosso tempo, energia e compromisso com os nossos filhos com a nossa família. O resultado será de esperança e segurança para todos.

Texto da autoria de Sarah Catarino retirado do programa de rádio Mulheres de Esperança (Projecto Ana) produzido pela Rádio Transmundial de Portugal.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Nestas férias cuide do seu interior...#Dia 19





PENSANDO NO CASAMENTO

"Mulher exemplar não é fácil de encontrar; ela vale muito mais que jóias! O seu marido confia inteiramente nela..." - Provérbios 31:10-11

Para nós que acreditamos na Bíblia, é muito simples e claro ver as razões que levaram Deus a criar o homem e a mulher de maneira tão diferente. Mas antes de mais nada, será bom dizer também que o Criador fez estes dois seres completamente diferentes do resto da Sua criação.

Depois de o Senhor trazer a primeira mulher ao primeiro homem, este reconheceu, ao olhá-la, que pertenciam um ao outro. Esta é uma das verdades mais importantes numa relação de casamento. Somos um do outro.

Deus sentiu a necessidade de colocar ao lado do homem uma ajudante, alguém compatível, da mesma natureza, mas que em si mesma fosse o complemento daquilo que o homem necessitavs para ser completo. Se cada mulher e cada homem que entram numa relação conjugal entendessem esta verdade tão básica, os problemas seriam muito menores.

A mulher tem em si qualidades e componentes de carácter que são aqueles de que o homem precisa para ser Homem com maiúscula. Se ela reconhecer esta sua apetência e destino, a sua vida terá uma outra direcção e perspectiva. Por outro lado, se o homem compreender que a mulher é a outra parte da sua pessoa e lhe der o valor, o amor, o cuidado que ela merece, como a relação conjugal fica facilitada e mais feliz! 

Infelizmente o nosso egoísmo, a busca dos nossos interesses e felicidade pessoal, levam-nos a estragar uma relação que deveria ser, apesar das suas dificuldades e constantes ajustes, a melhor e a mais benéfica nesta vida.

Quem sabe, amiga, se hoje não é o dia em que começa a pensar seriamente em mudar algumas coisas no seu casamento e a ajudar os seus filhos a terem uma relação feliz, rica e livre das suas pressões maternais?

Que assim seja! Para seu bem e alegria dos seus filhos!

Texto da autoria de Sarah Catarino retirado do programa de rádio Mulheres de Esperança (Projecto Ana) produzido pela Rádio Transmundial de Portugal.

domingo, 5 de julho de 2015

Nestas férias cuide do seu interior...#Dia 18




ENSINAR É AMAR 

"Que os mandamentos...ensines continuamente aos teus filhos..." - Deuteronómio 6:6-7

Muito se fala da questão da disciplina e do problema que hoje as famílias enfrentam com a falta de tempo para os filhos e para a relação de amor entre o casal. É verdade que em gerações passadas, as crianças mal viam a figura paterna ou porque trabalhava longe, ou porque os homens dessa época achavam que as crianças deveriam ser educadas pela mãe. Mas o que é certo é que havia uma qualidade, um valor, inerente a todas as famílias, fosse ele vivido em pleno ou imposto: o respeito.

Os professores na escola eram olhados com admiração, simpatia, veneração, até, alguns com receio e temor, mas todos estes sentimentos tinham a cimentá-los um respeito profundo por aquelas pessoas que gastavam o seu tempo a ensinar, a formar e a educar também. Esse valor parece perdido. Digo parece, porque ainda vou vendo aqui e acolá alguns restos de uma qualidade quase rara, que está intrinsecamente baseada em algo chamado disciplina no lar. A disciplina, o ensino do comportamento, chama a atenção da criança e do jovem que a regra não está a ser cumprida, podendo então utilizar-se vários métodos para reforçar esse cumprimento. O problema reside no facto que os pais acham ser desnecessário haver regras e, existindo, podem ser infringidas ou esquecidas e de as crianças, como é notório, saberem muito bem contornar o que não querem fazer, enganando, mentindo, esquecendo...
 
E aí entramos num ciclo vicioso: os meninos não aprendem regras em casa, não são corrigidos quando as quebram, vão para a escola e lá o comportamento continua. Os professores tentam de algum modo colmatar essa deficiência e logo os pais se revoltam contra os professores e o ciclo não termina.

Será que podemos fazer alguma coisa numa situação tão deprimente como esta?

Pessoalmente, penso que sim. Acho que pais e educadores de uma vez por todas têm de se concertar para levar a bom termo a formação das crianças por quem são responsáveis. Não sei se isto passa por mais reuniões, por processos de terapia, nem me compete a mim dar alguma opinião sobre o modo de agir, apesar de ter algumas ideias, mas acho urgente que as crianças saibam que aquelas pessoas chamados “profes” e “sotores” estão a cumprir um papel importantíssimo que consiste em prepará-las para a vida académica e profissional e que têm todo o interesse levar essa tarefa a bom termo.

Pais, ainda é tempo de parar esta onda de permissividade e de indisciplina. Comecemos com coisas pequenas, como horários a cumprir, tarefas a executar, horas para estudar e para lazer, passos pequenos que podem ajudar, quando a criança e o jovem se deparam com as pressões e exigências da escola.

A Palavra de Deus fala muito sobre ensinar, instruir, inculcar nos filhos os valores bons e saudáveis para uma vida feliz. Ganhe coragem e comece HOJE!

Texto da autoria de Sarah Catarino retirado do programa de rádio Mulheres de Esperança (Projecto Ana) produzido pela Rádio Transmundial de Portugal.