ENSINAR É AMAR
"Que os mandamentos...ensines continuamente aos teus filhos..." - Deuteronómio 6:6-7
Muito se fala da questão da disciplina e do problema que
hoje as famílias enfrentam com a falta de tempo para os filhos e para a relação
de amor entre o casal. É verdade que em gerações passadas, as crianças mal viam a figura paterna ou porque trabalhava longe, ou porque os homens dessa época achavam que as
crianças deveriam ser educadas pela mãe. Mas o que é certo é que havia uma
qualidade, um valor, inerente a todas as famílias, fosse
ele vivido em pleno ou imposto: o respeito.
Os professores na escola eram olhados com admiração, simpatia, veneração,
até, alguns com receio e temor, mas todos estes sentimentos tinham a
cimentá-los um respeito profundo por aquelas pessoas que gastavam o seu tempo a
ensinar, a formar e a educar também. Esse valor parece perdido. Digo parece, porque ainda vou vendo aqui e acolá
alguns restos de uma qualidade quase rara, que está intrinsecamente baseada em
algo chamado disciplina no lar. A disciplina, o ensino do comportamento, chama a
atenção da criança e do jovem que a regra não está a ser cumprida, podendo então
utilizar-se vários métodos para reforçar esse cumprimento. O problema reside no
facto que os pais acham ser desnecessário haver regras e, existindo, podem ser infringidas ou esquecidas e de as crianças, como é notório, saberem muito bem
contornar o que não querem fazer, enganando, mentindo, esquecendo...
E aí entramos num ciclo vicioso: os meninos não aprendem regras em casa,
não são corrigidos quando as quebram, vão para a escola e lá o comportamento
continua. Os professores tentam de algum modo colmatar essa deficiência e logo
os pais se revoltam contra os professores e o ciclo não termina.
Será que podemos fazer alguma coisa numa situação tão deprimente como esta?
Pessoalmente, penso que sim. Acho que pais e educadores de uma vez por
todas têm de se concertar para levar a bom termo a formação das crianças por
quem são responsáveis. Não sei se isto passa por mais reuniões, por processos
de terapia, nem me compete a mim dar alguma opinião sobre o modo de agir, apesar
de ter algumas ideias, mas acho urgente que as crianças saibam que aquelas
pessoas chamados “profes” e “sotores” estão a cumprir um papel
importantíssimo que consiste em prepará-las para a vida académica e profissional e que
têm todo o interesse levar essa tarefa a bom termo.
Pais, ainda é tempo de parar esta onda de
permissividade e de indisciplina. Comecemos com coisas pequenas, como horários a
cumprir, tarefas a executar, horas para estudar e para lazer, passos pequenos
que podem ajudar, quando a criança e o jovem se deparam com as pressões e
exigências da escola.
A Palavra de Deus fala muito sobre ensinar, instruir, inculcar nos
filhos os valores bons e saudáveis para uma vida feliz. Ganhe coragem e comece
HOJE!
Texto da autoria de Sarah Catarino retirado do programa de
rádio Mulheres de Esperança (Projecto Ana) produzido pela Rádio Transmundial de
Portugal.
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