ABORTO - CONDENAÇÃO E DOR
"Mas o Senhor nosso Deus é compassivo e quer perdoar, embora nos tenhamos revoltado contra Ele." - Daniel 9:9
Possivelmente
não será a última vez que abordamos este assunto do aborto. Somos a favor da
vida e a nossa opinião e os nossos valores, têm tanta força quanto o das
maiorias que possam situar-se no lado oposto.
Não tem apenas a
ver com o sentido religioso do nosso ser, mas com o mais profundo de cada homem
– a preservação da vida.
Vivemos num
mundo louco, pecaminoso, onde milhares de pessoas que não têm nada para comer
dão à luz crianças que irão sofrer de subnutrição e eventualmente morrer,
despedaçando de dor o coração das suas mães. Mas mais trágico ainda é o
assassínio de milhares de bebés nos ventres de mães que poderiam providenciar
para os seus filhos, mas escolhem não fazê-lo.
Algumas agem por
medo, pânico, incapazes de acreditar que poderá haver uma alternativa.
Outras
desumanizam as crianças que mataram, por conveniência, racionalizando as coisas
de modo a não sentirem qualquer dor ou remorso. O que estas mulheres não
compreendem é que, embora a palavra “feto” possa soar como “coisa” em vez de
pessoa, ela é o termo latino para bebé. Embora algumas mulheres inicialmente se
sintam aliviadas depois de um aborto, a culpa reprimida e a dor não chorada,
têm tremenda força negativa sobre o seu equilíbrio emocional e por fim, mais
cedo ou mais tarde, a maioria encontra-se a braços com o desespero.
Para estas
mulheres é necessário cura. Receber perdão é a consequência natural do
arrependimento pelo pecado e o perdão estabelece o terreno para a cura que Deus
anela trazer.
Estou a falar de
arrependimento por:
- ceder à pressão de outrem para se ver livre de uma criança indesejada;
- aceitar a mentira que tudo está bem, que há uma justificação por causa das circunstâncias;
- escolher conforto material em vez da vida do bebé, sua própria carne;
- ter medo da responsabilidade de criar e educar uma criança por ser jovem demais;
- esconder a vergonha da ilegitimidade
Parece uma coisa
dura de afirmar, dita desta maneira, mas até se arrepender deste
acto, a mulher nunca será livre. Só poderá receber o perdão de Deus depois de admitir a sua
culpa. Matar não é o pecado imperdoável. Só é preciso chegar ao Senhor Deus com
um coração contrito. Ao saber que foi perdoada, será verdadeiramente livre para
continuar a sua vida.
Muitas mulheres abordam-nos, carregadas pelo peso de um aborto passado. O nosso conselho é
que experimentem o perdão que Deus oferece através de uma entrega desse fardo
ao Pai Celestial, que está à espera de cada uma com amor.
As crianças são
dons de Deus, não são produtos de lojas de conveniência. E embora alguns dos
nossos filhos tenham chegado como uma surpresa e na sua maioria em alturas “inconvenientes”,
temos que aceitá-los como dádivas preciosas. A lógica fria e dura deste mundo
dirá que não é possível tê-los, mas algures, no nosso coração, Deus pode fazer
fluir tanto amor, que possamos abraçar com alegria cada um deles.
Há esperança
para si, querida amiga, nesse lugar frio de remorso onde se encontra. No
coração de Deus há perdão, há consolo e a Bíblia, a Sua Palavra, diz que “como o oriente está longe do ocidente assim
Ele afasta de nós as nossas transgressões e dos nossos pecados não se lembra
mais”.
Quando você
receber este perdão, receberá também a alegria de saber que essa criança que
não desejou, também está num lugar de segurança - os braços de Jesus.
Se for
uma dessas mulheres, perturbada pela lembrança dorida de um aborto passado,
mesmo agora, neste momento, fale com Deus. Deixe-me ajudá-la numa oração:
"Senhor, reconheço o meu pecado. O que fiz foi muito
feio e muito mau. Sabes como tenho sofrido com isto, conheces as lágrimas que
em oculto tenho chorado. Mas hoje, ouvi que na Tua mão está o perdão. Venho a
Ti agora para receber a graça desse perdão. Concede-mo no nome do Teu Filho
Jesus, que morreu na cruz pelos meus pecados e liberta o meu espírito para
a vida.
Recebe a gratidão do meu coração por esta graça que
me concedes.
Ámem."
Deus ouve e responde. Podemos sentir a paz a inundar-nos a alma. Depois virá
a alegria de um novo dia.
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