O PAPEL SUPERIOR DA MULHER
"Lembro-me bem da tua fé sem fingimento, como a que tiveram ante de ti a tua avó Loide e a tua mãe Eunice;" - II Timóteo 1:5
Ao realizar uma pesquisa encontrei um artigo de uma psicóloga, Maria de Fátima
Oliveira, onde afirmava que “o nascimento da vida
psíquica num bebé começa na relação que é estabelecida com a mãe.”
Essa relação é fundamental para o desenvolvimento
afectivo, social e até físico da criança. Na realidade o rosto da mãe é o
primeiro a surgir no espaço visual de uma criança. Por causa da vida agitada e activa
das mulheres no mercado do trabalho, são obrigadas a deixar esses seres
pequenos e indefesos entregues aos cuidados de outras pessoas. O vínculo afectivo que se
estabeleceu durante alguns meses parece que se quebra quando a mãe leva o seu
pequeno para a creche ou infantário pela primeira vez.
Acredito que há instituições onde as
funcionárias que prestam serviço às crianças, fazem-no não apenas como meio de
ganhar o seu sustento mas como um sacerdócio maternal no lugar de alguém que
não pode cumpri-lo. Infelizmente, porém, há muitos lugares onde as crianças não são
vistas como seres totais, mas como objectos que precisam ser limpos, lavados e
alimentados. E sejamos realistas: por melhor programa que o infantário ou a
creche desenvolva, nunca poderá resolver todos os problemas da criança pois
para isso ele precisa imprescindívelmente da mãe.
O que me apoquenta a mim, que fui mãe há muito
tempo e que já tive netas em infantários, não é propriamente o facto da criança
ser deixada durante longas horas, longe do seu ambiente familiar e doméstico. O
que me perturba é que há mães que encaram o infantário como um alívio na sua
tarefa maternal, um descaso no seu papel de educadoras.
Já estive sentada na entrada de um infantário
durante o período em que as mães vão buscar os filhos e fiquei impressionada
diante do que vi: o menino era pegado sem um beijo, sem uma palavra de carinho,
sem braços à volta do seu corpinho sedento de amor, enfim, sem mimo. Pobre mãe! Vem tão cansada do trabalho, tão stressada com o que se passou no emprego onde presta serviço, que nem repara nos olhos do seu filho que lhe pedem atenção e
afecto!
Deus criou-nos com um ventre para nele
abrigarmos a semente que se transformará num homem, mas deu-nos muito perto
desse ventre um coração que deve bater com o cuidado que é transmitido pelas
conversas, pelos beijos e carinhos. Ser mãe não é apenas dar à luz - ser mãe é
estar lá para eles. Talvez não seja mau que as mães façam um
balanço do que é mais importante: os filhos ou as coisas que podemos ter
através de um salário que, no final, nem resolve muita coisa?
Não sou contra o trabalho das mulheres. Nada
disso! Sou contra o trabalho que impede as mulheres de cumprirem a tarefa mais
bela para a qual Deus as criou – trazer ao mundo outras vidas, que O
glorifiquem por aquilo que são.
Se foram obrigadas a tomar a decisão de
trabalhar e entregar os filhos ao cuidado de terceiros, que tomem também a
decisão de não se ausentarem completamente da tarefa de os ensinar, educar e transmitir os valores fundamentais da vida humana e de uma sociedade saudável e
de bem.
A Bíblia fala de um jovem chamado Timóteo, possuidor de uma fé genuína, que lhe foi transmitida pela avó e pela
mãe. Há coisas que um infantário nunca poderá fazer, por mais técnica e
melhores programas que possua. A fé é uma delas. Você, mãe, que é crente em Deus,
que conhece Deus, que sabe e experimenta a presença de Deus na sua vida, não se esqueça que é
fundamental que a sua fé seja transmitida pelo exemplo e pelo ensino ao
pequenino ser que ama tanto e que lhe foi confiado apenas por algum tempo...(não
esqueça que crescem muito depressa). E depois?
Apesar do cansaço e da luta diária, nunca deite
o seu filho sem dizer-lhe o quanto o ama e quanto Deus também o ama! Garanto-lhe
que os resultados são estupendos!
Texto da autoria de Sarah Catarino retirado do programa de
rádio Mulheres de Esperança (Projecto Ana) produzido pela Rádio Transmundial de
Portugal.
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