terça-feira, 30 de junho de 2015

Nestas férias cuide do seu interior...#Dia 14


BELEZA, A QUANTO OBRIGAS...
"Encantos são enganosos e beleza ilusão, mas a mulher que respeita o Senhor é digna de elogio." - Provérbios 31:30
 
É verdade que a nossa aparência física é uma das grandes avenidas para que a nossa auto-estima seja fortalecida. Ela está relacionada com a maneira como nos vemos, a nossa auto-imagem.

Não admira, pois dia a dia somos confrontadas com mulheres perfeitas. Que digo eu? Perfeitas? Esquecemos que muito do que vemos nos filmes, capas de revistas, cartazes são montagens, jogo de luzes, arte fotográfica e mais umas quantas coisas. Quando um dia encontramos na rua uma dessas “estrelas” da beleza e perfeição, ficamos espantadas. Afinal ela não é alta, ao fim e ao cabo os olhos dela não são azuis, o peito firme e do tamanho certo foi moldado por um soutien feito especialmente para o efeito.

Desejar ser bela é algo inerente à nossa condição de mulher. Deus deu-nos o sentido de beleza de uma maneira apurada e única. Por isso levamos tanto tempo a enfeitar-nos e a embelezar-nos. Mas na realidade o que nos leva a desejar ser belas é o nosso anseio de amor e de aceitação. Quando somos amadas, sentimo-nos belas. Esta busca da beleza está no coração de todas as mulheres. Não há nada de errado nisso. Errado é quando o valor que damos a nós mesmas, está ligado a uns quantos centímetros e uns tantos quilos. Deixamos de pensar na nossa beleza de forma natural e começamos a aceitar dentro de nós mentiras que não nos deixam ver como realmente somos. Todos nós já assistimos a programas televisivos onde as mulheres entram numa clínica para serem transformadas. Através de uma sucessão de cirurgias, são corrigidos os seus defeitos, até que o produto final é uma mulher sofisticada, sensual, bem vestida e, segundo esses programas, com uma auto-estima curada.

Tenho visto muitos desses programas e há uma coisa que me toca profundamente. Na parte final, quando a mulher aparece à família e aos amigos que a esperam ansiosos, há gritos e exclamações de espanto, de alegria e até lágrimas. E agora vem o mais importante: as pessoas da família e os verdadeiros amigos, todos, sempre, dizem o mesmo: “Eu amava-a como ela era, eu gostava dela do jeito que era, ela é linda por dentro e agora ficou linda por fora...” e outros comentários semelhantes. Significa isto, que o valor daquela mulher não se encontrava na sua aparência, mas na sua pessoa. O nosso corpo seja ou não proporcionado, é uma obra de arte inigualável, um mecanismo dos mais complexos e um invólucro de uma pessoa especial e única.

Há muito tempo, o apostolo Pedro ao escrever uma carta importante aos crentes do seu tempo, disse sobre as mulheres: “Não seja o adorno delas no exterior, no frisado dos cabelos, nos adereços de ouro, no aparato do vestuário, mas sim o homem interior do coração, ligado a um trajo incorruptível de um espírito manso e tranquilo que é de grande valor diante de Deus”.

Não é muito difícil deduzir por estas palavras que, a verdadeira beleza vem do nosso interior. Isto é, aos olhos de Deus a verdadeira beleza está relacionada com o nosso espírito, porque Ele vê o que está no nosso interior. Uma mulher pode ser a mais perfeita por fora, mas olhe, se o seu comportamento e atitude forem pobres, defeituosos, de que serve o resto?

Deduzimos também pelas palavras de S. Pedro que a verdadeira beleza é única. Quem me dera ter entendido, quando era mais nova, que pelo facto de não ser bonita como os meus irmãos, eu era única! 

Porque nos detemos diante de um espelho querendo ser outra pessoa e desprezando a obra singular do Criador? É evidente que não estamos contra o facto de uma mulher se arranjar, se cuidar, vestir roupa que lhe fique bem, mas de uma mentira que nos isola e nos violenta, ao ponto de não amarmos a pessoa que somos.

Mesmo que o seu corpo não corresponda aos padrões estéticos da nossa civilização, cada pormenor foi colocado pelo Senhor. Já pensou que se Deus é o Criador de toda a beleza, até isso que você considera feio, está dentro do padrão de beleza de Deus? Quando Ele olha para nós, vê-nos seres bonitos, porque nos ama. 

O nosso valor é medido pelo que Deus diz, não pelas nossas ideias nem pelas ideias dos outros.

Quero fazer consigo uma pequena oração:

"Senhor, perdoa-me por todos os conceitos errados a meu respeito. Compreendo que me aceitas como sou, uma mulher valiosa, porque fui criada por ti. Sei que me amas porque enviaste o Teu Filho Jesus para redimir a minha vida. Declaro hoje que não vou continuar a denegrir-me, a menosprezar-me, a humilhar-me por conceitos que nada têm a ver com o Teu propósito para a minha vida. De hoje em diante recuso aceitar todos os pensamentos negativos que querem tirar de mim o valor que vês em mim.
Obrigada, Senhor."
 


Texto da autoria de Sarah Catarino retirado do programa de rádio Mulheres de Esperança (Projecto Ana) produzido pela Rádio Transmundial de Portugal.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Nestas férias cuide do seu interior...#Dia 13

E DEUS FEZ UM JARDIM...
"Samuel ia crescendo e o Senhor estava com ele..."
I Samuel 3:19
 
Desde muito pequena, a criança desenvolve o auto conceito – conjunto de valores e crenças, conscientes ou acessíveis à consciência, assim como atitudes e opiniões que a ela tem de si mesmo na sua inter-relação com os outros, com o mundo e com tudo o que a mente pode alcançar – baseado na relação com os outros.  

Ao auto conceito estão ligadas as emoções – das quais fazem parte sentimentos como a afectividade, a gratidão, a angústia, a culpa, a compaixão, além de outras. Estes são desenvolvidos no seio da família.

Sabe que quando Deus criou os primeiros humanos, colocou-os num jardim. Poderia tê-los deixado no deserto, numa selva, num lugar rochoso e inóspito, mas não. Colocou-os num jardim. Porquê? Porque um jardim é um lugar de ordem e de cuidado. Num jardim as plantas e árvores são podadas, fertilizadas, limpas e muitas vezes encostadas a outros vimes para poderem crescer direitas e lindas. Um jardim é um lugar de trabalho contínuo. Tem que haver rega, limpeza, ambiente certo para cada qualidade de vegetação.

Pois a família deveria ser isso mesmo – um jardim. A auto-estima de uma criança é fruto de um trabalho de jardineiro, isto é, muito cuidado, rega correcta, ambiente certo. Há dias em que as folhas mortas ou inúteis têm que ser tiradas e há dias em que é necessário encostar a pequena flor ou planta a algo mais forte, para que cresça direita, sem defeitos.

Disse que o jardim é um lugar de trabalho contínuo. O mesmo se diz da família. Trabalho sem interrupção. Dedicação completa e atenção cuidada, para as pequenas alterações que podem ser vistas nas plantas maravilhosas que Deus colocou na nossa casa. Nenhuma lágrima, nenhum amuo, nenhuma resposta menos correcta, podem ou devem ser deixadas como se de nada valessem. Tudo tem uma razão e os pais, quais jardineiros, têm de conhecer o motivo, para que os filhos cresçam conscientes de quem são e como são, sem medos, sem complexos, aceitando-se a si e aos outros.

A ideia de Deus para o mundo é e será sempre, a de um jardim. Infelizmente, o homem tem-no devastado, transformado, desertificado, empobrecido e cortado tantas coisas importantes, algumas delas já em vias de extinção.

Não faça isso com o seu jardim! Cuide bem para que cada uma das suas plantinhas cresça saudável e com uma consciência normal de si mesma, dos outros e de um Deus que planeou tudo tão perfeito, para que ninguém vivesse sozinho, nem crescesse sem ajuda.

Faça o seu filho entender o seu valor através do conhecimento de que Deus o criou com um propósito, o ama tal como é e deseja para ele o melhor – tal como você.

Texto da autoria de Sarah Catarino retirado do programa de rádio Mulheres de Esperança (Projecto Ana) produzido pela Rádio Transmundial de Portugal.

Nestas férias cuide do seu interior...#Dia 12


QUANDO A BALANÇA É UMA OBSESSÃO - ANOREXIA
"Hei-de purificá-los dos pecados que cometeram contra mim, e hei-de perdoar-lhes a sua rebelião." - Jeremias 33:8
 
Há uns anos atrás, encontrei-me com uma rapariga que sofria de anorexia. Fizera já várias tentativas para livrar-se do problema, algumas com resultado, mas voltava à mesma situação passado algum tempo. Na ocasião em que a conheci, não notei muito a sua magreza, mas um coisa nunca esquecerei - o seu olhar. Era como se de repente a palavra desespero se materializasse naqueles olhos azuis.

Sentei-me junto dela e ouvi a sua história. Por entre lágrimas, contou-me o seu percurso, a sua dor, o vazio que a invadia sempre que a levavam para o hospital e, por fim, o facto de não conseguir perdoar-se a si mesma pela sua autodestruição.

Quando alguém entra numa rota tão destrutiva como esta, mesmo depois de clinicamente curada, continuará a experimentar muita dor e o mesmo sentimento que invadia essa moça com quem falei – falta de perdão pelo que fez. 

Li uma lenda interessante de um padre que, numa cidade do interior dos Estados Unidos, cometera um pecado grave na sua juventude e que, apesar de ter pedido perdão a Deus, passou a vida inteira a carregar o peso desse pecado. Não tinha a certeza se Deus o perdoara.

Um dia ouviu falar de uma senhora idosa que, segundo as histórias que se contavam, tinha visões e conversava com Deus. O padre encheu-se de coragem e foi visitá-la. Ela convidou-o a entrar, ofereceu-lhe uma chávena de chá e quando a visita estava a terminar, fitando a senhora, o padre perguntou: “É verdade que a senhora costuma ter visões e que conversa com Deus?” “Sim”, disse a senhora, “é verdade”.

“Então, da próxima vez que a senhora falar com Deus podia fazer-Lhe uma pergunta?” A senhora ficou muito admirada com o pedido, mas quis saber qual era a questão que o padre desejava que ela colocasse a Deus.

“A senhora não se importa de perguntar a Deus qual foi o pecado que este padre cometeu quando era jovem?” Passadas algumas semanas o padre voltou a visitar a senhora. “Então teve alguma visão recentemente? E falou com Deus?” perguntou ele. “Sim”, disse a senhora.

“E perguntou a Deus qual foi o pecado que eu cometi quando era jovem? Ele respondeu?” “Sim”, disse a mulher. “Ele disse-me que não se lembra!”

É isso mesmo. Deus não apenas perdoa os nossos pecados como os esquece. Contei isto àquela mulher jovem com quem falei. Disse-lhe que o seu comportamento, o mal que causara ao seu corpo, à sua saúde e a preocupação que trouxera à sua família estavam não apenas perdoados, mas esquecidos por Deus!

Aquela reunião continuou no dia seguinte. Estava curiosa por ver a jovem com quem falara. Quando ela entrou, a diferença era enorme. Os seus olhos não tinham mais desespero, mas luz, o seu rosto, apesar de magro, tinha a cor de uma beleza a desabrochar e o mais belo ocorreu quando ela pediu licença para ir à frente cantar. Há muitos anos que não cantava, perdera a força, mas naquele dia a sua linda voz de soprano subiu ao céu num louvor maravilhoso de gratidão a Deus pelo Seu perdão e pelo Seu esquecimento.

Querida amiga, qualquer que seja a dependência em que se afundou, saiba que Deus é poderoso para curá-la, perdoá-la e esquecer todo o seu pecado e todos os seus comportamentos errados.

A Palavra de Deus diz que “assim com o oriente está longe do ocidente, assim Deus afasta de nós as nossas transgressões “. A distância entre o oriente e o ocidente é bastante razoável, não? Deus esquece o nosso pecado, quando nos voltamos para Ele e,  através de Jesus Cristo, pedimos o Seu perdão. Depois... podemos cantar outra vez!
 

Texto da autoria de Sarah Catarino retirado do programa de rádio Mulheres de Esperança (Projecto Ana) produzido pela Rádio Transmundial de Portugal.

domingo, 28 de junho de 2015

Nestas férias cuide do seu interior...#Dia 11

O PAPEL SUPERIOR DA MULHER
"Lembro-me bem da tua fé sem fingimento, como a que tiveram ante de ti a tua avó Loide e a tua mãe Eunice;" - II Timóteo 1:5

Ao realizar uma pesquisa encontrei um artigo de uma psicóloga, Maria de Fátima Oliveira, onde afirmava queo nascimento da vida psíquica num bebé começa na relação que é estabelecida com a mãe.” 

Essa relação é fundamental para o desenvolvimento afectivo, social e até físico da criança. Na realidade o rosto da mãe é o primeiro a surgir no espaço visual de uma criança. Por causa da vida agitada e activa das mulheres no mercado do trabalho, são obrigadas a deixar esses seres pequenos e indefesos entregues aos cuidados de outras pessoas. O vínculo afectivo que se estabeleceu durante alguns meses parece que se quebra quando a mãe leva o seu pequeno para a creche ou infantário pela primeira vez.

Acredito que há instituições onde as funcionárias que prestam serviço às crianças, fazem-no não apenas como meio de ganhar o seu sustento mas como um sacerdócio maternal no lugar de alguém que não pode cumpri-lo. Infelizmente, porém, há muitos lugares onde as crianças não são vistas como seres totais, mas como objectos que precisam ser limpos, lavados e alimentados. E sejamos realistas: por melhor programa que o infantário ou a creche desenvolva, nunca poderá resolver todos os problemas da criança pois para isso ele precisa imprescindívelmente da mãe.

O que me apoquenta a mim, que fui mãe há muito tempo e que já tive netas em infantários, não é propriamente o facto da criança ser deixada durante longas horas, longe do seu ambiente familiar e doméstico. O que me perturba é que há mães que encaram o infantário como um alívio na sua tarefa maternal, um descaso no seu papel de educadoras. 

Já estive sentada na entrada de um infantário durante o período em que as mães vão buscar os filhos e fiquei impressionada diante do que vi: o menino era pegado sem um beijo, sem uma palavra de carinho, sem braços à volta do seu corpinho sedento de amor, enfim, sem mimo. Pobre mãe! Vem tão cansada do trabalho, tão stressada com o que se passou no emprego onde presta serviço, que nem repara nos olhos do seu filho que lhe pedem atenção e afecto!

Deus criou-nos com um ventre para nele abrigarmos a semente que se transformará num homem, mas deu-nos muito perto desse ventre um coração que deve bater com o cuidado que é transmitido pelas conversas, pelos beijos e carinhos. Ser mãe não é apenas dar à luz - ser mãe é estar lá para eles. Talvez não seja mau que as mães façam um balanço do que é mais importante: os filhos ou as coisas que podemos ter através de um salário que, no final, nem resolve muita coisa?

Não sou contra o trabalho das mulheres. Nada disso! Sou contra o trabalho que impede as mulheres de cumprirem a tarefa mais bela para a qual Deus as criou – trazer ao mundo outras vidas, que O glorifiquem por aquilo que são.

Se foram obrigadas a tomar a decisão de trabalhar e entregar os filhos ao cuidado de terceiros, que tomem também a decisão de não se ausentarem completamente da tarefa de os ensinar,  educar e transmitir os valores fundamentais da vida humana e de uma sociedade saudável e de bem.

A Bíblia fala de um jovem chamado Timóteo, possuidor de uma fé genuína, que lhe foi transmitida pela avó e pela mãe. Há coisas que um infantário nunca poderá fazer, por mais técnica e melhores programas que possua. A fé é uma delas. Você, mãe, que é crente em Deus, que conhece Deus, que sabe e experimenta a presença de Deus na sua vida, não se esqueça que é fundamental que a sua fé seja transmitida pelo exemplo e pelo ensino ao pequenino ser que ama tanto e que lhe foi confiado apenas por algum tempo...(não esqueça que crescem muito depressa). E depois?

Apesar do cansaço e da luta diária, nunca deite o seu filho sem dizer-lhe o quanto  o ama e quanto Deus também o ama! Garanto-lhe que os resultados são estupendos!

Texto da autoria de Sarah Catarino retirado do programa de rádio Mulheres de Esperança (Projecto Ana) produzido pela Rádio Transmundial de Portugal.